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Rubéola na gravidez

Por Luiza Helena Marcondes * em 12/11/2001


A prevenção é a melhor forma de livrar seu bebê dos males provocados pela rubéola durante a gestação.

De acordo com os dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os casos de rubéola têm crescido nos últimos anos entre mulheres em idade fértil. Em 1999, foram registrados 4 casos em cada 100 mil habitantes de 15 a 19 anos. No ano seguinte, esse número aumentou para 11,4. Entre a faixa etária de 20 a 29 anos, os números passaram de 5,7 casos para 11,9 no mesmo período.


Embora seja inofensiva para a mulher, a doença pode se transformar em perigo quando ela está grávida. Ao invadir o organismo, o vírus da rubéola é capaz de provocar uma revolução e prejudicar o desenvolvimento do feto, principalmente se o mal se manifestar no primeiro trimestre de gestação, quando o embrião está se fixando no útero.


As alterações provocadas pelo vírus no organismo são capazes de atrapalhar o andamento da gestação, e em alguns casos, até causar o aborto. Quando a gravidez não é interrompida, o bebê pode sofrer as conseqüências da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), ou seja, uma série de alterações irreversíveis em sua formação.


Estudos médicos comprovam que o problema mais comum em crianças cujas mães tiveram rubéola durante a gravidez foi a surdez. Em outros casos as conseqüências variam de problemas de coagulação sangüínea, hepatite e catarata até deficiência mental. "É difícil saber com segurança que tipo de lesão a rubéola pode provocar na criança", diz o obstetra e ginecologista Sérgio dos Passos Ramos, de São José dos Campos.

Uma picadinha

Para diminuir os casos da doença no país e livrar-se definitivamente da rubéola, a melhor conduta é a prevenção. Todas as mulheres em idade fértil, ou seja, entre 13 e 39 anos devem receber uma dose da vacina. Vá ao posto de saúde mais próximo de sua casa para ser vacinada. Ao receber ao vacina, você estará imunizada e dificilmente irá desenvolver o mal.


Mas atenção! Mulheres grávidas não devem receber a dose. Embora a vacina esteja sendo utilizada no país há aproximadamente 30 anos - e não tenha sido constatada qualquer conseqüência maléfica para o bebê ou para a gestante - o melhor é não se vacinar durante os nove meses. O obstetra e ginecologista Sérgio dos Passos Ramos alerta: "A vacina contém o vírus ativo que pode ser desenvolvido durante a gravidez, causando problemas ao feto".


Se você está grávida, evite o contato com pessoas contaminadas pela doença. A rubéola é contagiosa e sua transmissão é muito fácil. Basta ter contato com gotículas bucais ou nasais expelidas por uma pessoa doente para pegar o vírus.


O ciclo total da doença, entre o contágio e a erupção na pele, varia de 14 a 21 dias. Os primeiros sintomas são febre e dores nas articulações, podendo haver inchaço dos punhos, tornozelos, cotovelos e joelhos. Depois começam a surgir as marcas na pele. Manchas avermelhadas aparecem na região do pescoço e tendem a descer pelo corpo inteiro até chegar aos pés.


A realização do pré-natal é a melhor forma de evitar complicações. Caso tenha tomado a vacina durante a gravidez, converse com o seu médico para que ele possa fazer um acompanhamento detalhado e peça exames específicos para verificar como está a saúde de seu bebê.


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