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HPV mulheres, fiquem atentas!

Por Carla Oliveira * em 13/03/2003


Estima-se que 25 por cento das mulheres brasileiras tenham o vírus HPV, que é o principal responsável pelos casos de câncer de colo de útero.

Você sabia que o HPV é o vírus sexualmente transmissível mais freqüente atualmente? E que este mesmo vírus é o principal responsável pelos casos de câncer de colo de útero? Infelizmente, a maioria das mulheres só toma conhecimento disso quando recebe o diagnóstico do médico.


HPV é a sigla para Papilomavírus Humano, também conhecido como "crista de galo". Existem vários tipos diferentes do vírus, que foram classificados em duas classes, de acordo com a probabilidade de provocarem o câncer de colo de útero: os de baixo e de alto risco. Ainda não se comprovou a correlação do vírus com o câncer de pênis ou de próstata.


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero foi responsável pela morte de 3.879 mulheres no Brasil em 1999. E o HPV está presente em 99% dos casos dessa doença. Não faça parte dessa estatística, aprenda a se defender!

Um vírus sorrateiro

Um dos sinais que indica a presença do vírus é o aparecimento de verrugas. Na mulher, as lesões se manifestam na entrada e nos lábios da vagina, no clitóris, na vulva, na virilha, e no colo do útero. No homem, as verrugas aparecem na glande, no corpo do pênis, no escroto e no prepúcio. Também podem aparecer lesões na região anal e na boca, tanto no homem como na mulher.


Fique atenta a essas manifestações, pois em geral a doença não produz sintomas. E nem sempre as lesões são perceptíveis por leigos. Por isso, é necessário fazer os exames ginecológicos todo ano para detectar o vírus, que pode ficar encubado por meses ou anos, de acordo com a capacidade imunológica de cada pessoa.


O vírus é transmitido principalmente através da relação sexual, mas também pode ser transmitido por toalhas, sabonetes, giletes, roupas íntimas e instrumentos ginecológicos. Por isso, mesmo mulheres e crianças que não realizaram atividades sexuais podem desenvolver a infecção. A mãe também pode transmitir o vírus para seu filho durante a gestação.


A infectividade do HPV é alta: 60% dos parceiros de pacientes infectados adquirem o vírus após um único contato sexual. O tratamento é feito por meio da cauterização das lesões, uso de pomadas e medicamentos. Se for feito um acompanhamento adequado, as lesões são controladas e o risco de aparecimento de câncer diminui consideravelmente.

O homem também precisa tratar

Em um casal, se os dois estão infectados, geralmente quem descobre primeiro é a mulher, que costuma realizar exames ginecológicos periodicamente. E, mesmo diante de um diagnóstico positivo de suas parceiras, muitos homens recusam-se a realizar o exame de peniscopia, necessário para avaliar a evolução da doença, pois acham constrangedor. Os riscos para a saúde dos homens são pequenos, pois o HPV não está associado a tumores.


No entanto, o homem pode atuar como agente perpetuador da infecção em sua parceira. Isso significa que, mesmo que ela faça o tratamento, o homem poderá reinfectá-la, fazendo com que tudo volte à estaca zero. Portanto, não aceite discussões! Se o HPV foi detectado, seu parceiro também deve ir ao médico.


Para algumas mulheres, além da ameaça à saúde, a infecção pelo HPV pode significar uma outra preocupação: a infidelidade. Confiando em seus parceiros, muitas abrem mão do preservativo em namoros estáveis e no casamento. E acabam infectadas pelo próprio companheiro. De fato, essa constatação pode arruinar a auto-estima de uma mulher e levar ao fim do relacionamento.


No entanto, como a transmissão não é unicamente sexual, não dá para sair cobrando explicações do parceiro assim que o vírus é detectado. É preciso avaliar e tentar descobrir, junto com seu médico, como ocorreu a infecção. O importante é que o vírus seja detectado o quanto antes, para que o risco de câncer seja minimizado. Por isso, fique atenta a essas dicas:


  • Vá o ginecologista a cada seis meses

  • Faça os exames de papanicolau e colposcopia uma vez por ano. Se necessário, faça também vulvoscopia

  • Não compartilhe toalhas, giletes e roupas íntimas

  • Ao notar o aparecimento de verrugas, ou dor durante a relação sexual, vá ao ginecologista logo que possível.

  • Use preservativo em todas as relações sexuais


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