Domingo, 10 de novembro de 2024 |
A criança começa a desenvolver a curiosidade e o gosto pelo conhecimento desde a escola de educação infantil. Os pequenos são espertos, estão sempre querendo aprender e saber mais.
Já no ensino fundamental, com a formalização dos procedimentos escolares, eles precisam desenvolver outras habilidades e dar conta dos compromissos: lições; pesquisas; entrega de trabalhos e provas. É aí que tudo se complica e começam os problemas e questionamentos dos pais.
Ensinar a estudar é tarefa da escola, por meio do trabalho em classe, estimulando a postura de atenção, envolvimento, gosto pelo conhecimento e o respeito às diferenças individuais.
O caminho é trabalhar para que a criança adquira boa postura de estudante. Esta é uma atividade de construção, que se inicia com os pequenos, acrescentando requisitos de acordo com a maturidade.
A escola deve manter o ambiente favorável à aprendizagem, com propostas instigantes, desafiadoras e adequadas à série escolar. Além disso, deve dinamizar a programação das atividades: privilegiando diferentes enfoques ao abordar cada assunto, diversificando os recursos didáticos, não se limitando à mera repetição dos conteúdos.
O aluno, por sua vez, precisa compreender o que está sendo estudado, sentir espaço para colocar suas dúvidas e questões. É impossível que a escola proporcione aos alunos todos os conhecimentos de que irão precisar ao longo da vida. Mas é fundamental que proporcione condições e recursos para buscá-los.
A Neurolingüística confirma que cada pessoa tem um canal de percepção mais desenvolvido: facilidade para captar mensagens visuais ou auditivas. Aplicando esse entendimento ao estudo, fica claro que cada um de nós adquire durante a vida diversas formas e técnicas, procurando a maneira adequada de estudar.
Quem tem percepção e memória visual mais apuradas costuma ler o texto informativo em silêncio, grifar o que é mais importante, fazer quadro sinótico e resumir a matéria com destaques em cores variadas.
Quando o canal predominante é o auditivo, lê o texto em voz alta várias vezes, grava a leitura para ouvir depois, repete o que estudou, responde oralmente a perguntas formuladas sobre o conteúdo e cantarola músicas ou versinhos.
Há quem recorra às sensações corporais para aprender. Não se escandalize se um dos seus filhos resolver memorizar a tabuada batendo bola na parede ou se balançando na rede. Também vale!
Estimule a criação de hábitos para fazer as lições, leituras e pesquisas. A criança sentirá os benefícios da organização, com melhor rendimento durante as aulas e notas mais altas.
Horário: dê preferência para que seja o mesmo todos os dias. O tempo de duração varia de acordo com a idade, série e a quantidade de tarefas exigidas pela escola. Cuidado com períodos muito longos, pois tomam ares de castigo.
Freqüência: diária. Deixar para a véspera da prova, além de ineficiente, causa muita ansiedade. Lembre-se de que a lição de casa, feita com atenção, funciona como estudo.
Ambiente: o ideal é uma escrivaninha no quarto da criança ou em algum local sossegado da casa, sem interferência de telefone, TV, animais de estimação, aspirador de pó e outros fatores que dispersam o estudante.
Somente a experimentação e a prática, com os seus respectivos resultados, é que vão dar a medida do que é eficiente. Trata-se de uma busca, as crianças fazem isso empiricamente.
A colaboração que você pode dar é sugerir formas de estudo e, em caso de eficácia comprovada do método escolhido, respeitar a opção. Em caso negativo, o filho continua precisando de ajuda até encontrar o que funciona.
Conte um pouco da sua história como estudante. Resgate seu estilo: dedicado, distraído, interessado, cumpridor de tarefas, organizado ou sempre correndo atrás do prejuízo. Enalteça as vantagens de ser bom aluno. Caso seu histórico não tenha sido dos melhores, lamente, mostrando o quanto poderia ser diferente.
É fundamental que, durante essa caminhada, os pequenos estudantes se sintam ao mesmo tempo apoiados e exigidos. A confiança dos pais na capacidade dos filhos é o esteio que promove a autonomia e o bom desempenho nos estudos.
* Lucy Casolari é pedagoga e educadora
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