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Seu filho enxerga bem?

Por Dr. Mauro Plut * em 23/01/2001


Fique esperto e observe, desde a primeiríssima infância, se o seu filhote apresenta algum problema de visão. Nem sempre as deficiências oculares são motivo de queixa para eles e só um exame poderá detectá-las.

As doenças oculares nem sempre apresentam sintomas e dificilmente os pequenos se queixam de problemas visuais. Isto ocorre porque a criança sempre enxergou de determinada maneira. Pensa, portanto, que aquele é o padrão correto e, conseqüentemente, não reclama. Outras vezes a boa visão de um olho impede que se perceba uma dificuldade no outro. Daí a importância do exame oftalmológico de rotina. Entretanto, existem sinais que podem indicar a existência de alguma alteração ocular. Os pais devem estar atentos a estes indícios e, se tiverem alguma dúvida, devem consultar o pediatra.

De olho nas crianças até 1 ano de idade

Consulte o seu pediatra se perceber alguma destas ocorrências:


  • Se o bebê, com dois ou três meses, não consegue fixar o seu rosto, não faz contato visual ou parece não enxergar.
  • Se os olhos estiverem constantemente tortos (estrabismo). Porém, atenção: muitos bebês podem entortar os olhos, ocasionalmente, até o sexto mês de vida.
  • Após os três meses os bebês conseguem acompanhar com os olhos um objeto que passa em frente ao seu campo de visão. Se perceber que o seu filho não percebe um brinquedo ou não o segue bem avise o pediatra.

    Sinais de alerta em pré-escolares

    Consulte o seu pediatra ou oftalmologista se perceber alguma das ocorrências abaixo:


  • Se os olhos ficarem tortos (estrabismo): quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor o resultado.
  • Pupila ("menina dos olhos") branca pode indicar catarata ou doença mais grave.
  • Dor e vermelhidão podem sinalizar desde uma simples conjuntivite ou corpo estranho até uma inflamação no interior do olho.

    Atenção em todas as idades

    Consulte o seu pediatra ou oftalmologista se perceber alguma das ocorrências abaixo, não importando a idade da criança:


  • Se os olhos da criança ficam tremendo ou se movimentando rapidamente para os lados (nistagmo).
  • Olhos sempre lacrimejando.
  • Sensibilidade constante à luz.
  • Se perceber alteração na cor da pupila ("menina dos olhos"), que normalmente é negra.
  • Persistente vermelhidão em um ou ambos os olhos.
  • Secreção ou "caspinhas".
  • Se os olhos parecem tortos ou não miram na mesma direção (estrabismo).
  • Coceira freqüente.
  • Se a criança fecha um dos olhos, franze a testa para enxergar ou pisca muito.
  • Se a criança inclina ou entorta a cabeça para enxergar.
  • Se a pálpebra de um ou ambos os olhos estiver mais fechada.
  • Se os olhos estiverem saltados.


    * Dr. Mauro Plut é oftalmo-pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Fellow em Oftalmologia Pediátrica na Universidade de Connecticut (EUA) e Mestre Oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina.


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